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CARNAVAL
A FESTA DA DESTRUIÇÃO

Por Pr. Valter França

O carnaval, conhecido como a maior festa popular do país, chegou ao Brasil em meados do século XVII, sob influência das festas carnavalescas que aconteciam na Europa.

         Para a maioria das pessoas é o maior evento da terra. O país paralisa completamente para comemorar os três dias de festa (ora no mês de Fevereiro, ora no mês de Março). Há pessoas que economizam o ano todo só para viajar e participar do carnaval

ORIGEM

            A História do Carnaval remonta à Antiguidade, tanto na Mesopotâmia quanto na Grécia e em Roma.

         No ano 590 d.C., o papa Gregório incorporou o Carnaval ao calendário das festas cristãs. Sabendo que a Quaresma é um período de quarenta dias de jejum e santificação, entre a quarta-feira de cinzas e a páscoa, o Carnaval foi oficializado como uma festa que se realiza antes da Quaresma.

         Uma vez que, no período seguinte o católico não poderia comer carne, tudo seria consumido nos dias anteriores; até porque não existiam geladeiras para que se pudesse armazená-la. Então, era uma espécie de “despedida da carne”. Em latim, a festa era chamada “carne vale”, que significa “adeus à carne”.

        "Pois os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito" (Rm 8.5-8)."

         Na antiga Babilônia, duas festas possivelmente originaram o que conhecemos hoje como carnaval:

       As Saceias, que eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. E ao final dos dias, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado.

         Um outro rito era realizado pelo rei nos dias que antecediam o equinócio da primavera, período de comemoração do ano novo na região. O ritual ocorria no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Esta humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono.

         O que havia de comum nas duas festas e que está ligado ao carnaval era o caráter de subversão de papéis sociais: a transformação temporária do prisioneiro em rei e a humilhação do rei frente a um deus.

         Possivelmente a subversão de papeis sociais no carnaval, como os homens vestirem-se de mulheres e vice-versa, pode encontrar suas origens nesta tradição mesopotâmica.

         Com o fortalecimento de seu poder, a Igreja não via com bons olhos estas festas consideras pagãs. Nessa concepção do cristianismo, havia a crítica da inversão das posições sociais, pois, para a Igreja, ao inverter os papéis de cada um na sociedade, invertia-se também a relação entre Deus e o demônio.

         Porém, a igreja Católica deu um jeito de enquadrar esta festa em suas comemorações; com a criação da quaresma no século VIII, a festa passa a ser comemorada antes do período religioso. Com isso as pessoas comiam carne até vomitar e bebiam até cair, antes da santificação da Quaresma.

O PRIMEIRO CARNAVAL NO BRASIL

        O primeiro baile de carnaval realizado no Brasil ocorreu em 22 de janeiro de 1841, na cidade do Rio de Janeiro; no Hotel Itália, localizado no antigo Largo do Rócio, hoje Praça Tiradentes. Por iniciativa de seus proprietários italianos que estavam  empolgados com o sucesso dos grandes bailes mascarados da Europa. Essa iniciativa agradou tanto, que muitos bailes o seguiram. No entanto, em 1834, o gosto pelas máscaras já era acentuado no país devido a influência francesa.

O REI MOMO

          Na mitologia grega, Momo era o deus do sarcasmo e do delírio. Usando um gorro com guizos e segurando em uma mão uma máscara e na outra uma boneca, ele vivia rindo e tirando sarro dos outros deuses.

         Com esse jeitão esculachado, aprontou tantas que acabou sendo expulso do Olimpo, a morada dos deuses

         Ainda antes da era cristã, gregos e romanos incorporaram essa figura mitológica a algumas de suas comemorações, principalmente as que envolviam sexo e bebida.

         Na Grécia, registros históricos apontam que os primeiros reis Momos de que se tem notícia desfilavam em festas de orgia por volta dos séculos 5 ou 4 a.C. Geralmente, o escolhido era alguém gordinho e extrovertido – provavelmente vem daí a inspiração para a folia brasileira. – Já nas bacanais romanas, os participantes selecionavam um Rei Momo entre os soldados mais belos do exército.

        “Esse monarca era o governante de um período de liberdade total e desfrutava de todas as regalias durante a festa, como comidas, bebidas e mulheres”, diz o historiador Hiram Araújo, diretor cultural da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (LIESA).

         No Brasil, a tradição de eleger um Rei Momo durante o Carnaval apareceu primeiro no Rio de Janeiro, em 1933. Naquele ano, a coroa foi entregue ao jornalista Morais Cardoso, que ocupou o trono até morrer, em 1948.

         Todos os anos é entregue ao rei Momo a chave da cidade, para a abertura da cerimônia do carnaval. Uma alusão ao mundo espiritual, uma vez que a chave representa autoridade no mesmo; e com isso é concedido liberdade para o diabo atuar nos dias que discorrem o carnaval. Pessoas estarão suscetíveis a influência do maligno sem nem mesmo se dar conta disso.

 A MÁSCARA

         Antigamente, a máscara estava ligada aos rituais religiosos das tribos, – principalmente africanas – representava deuses e espíritos e também era utilizada como forma de dar força ao guerreiro e assustar os inimigos em guerras.

         Por outro lado, no Egito, era adotada em funerais; como as máscaras dos faraós, na qual eles acreditavam que possuir um poder mágico.

         No Oriente, a utilização da máscara se iniciou como um acessório de festa, em danças e procissões, com a intenção de misturar o ritual e o divertimento.

         Na Grécia e Roma antiga, era utilizada para caracterizar os personagens nos teatros.

         No século XV, em Veneza, a máscara passou a ser utilizada no Carnaval. Durante o Carnaval veneziano, haviam também bailes de máscaras e desfiles luxuosos de fantasias, – os quais existem até hoje. – De maneira, que a máscara representava o espírito do Carnaval, onde todos poderiam utilizá-las para se divertir.

         Porém sabemos que as máscaras funcionam como aparência enganosa, uma camuflagem. Vemos pessoas não só apenas usando máscaras para festas, mas para cometer assaltos, estupros e etc...isso é atuação do diabo, que não quer que as pessoas saibam o que está por trás disso.

         O carnaval é a festa que tem como objetivo satisfazer a carne, onde nenhum padrão moral e ético é estabelecido. Por ser uma festa onde não existe respeito e nem pudor, predominam o sexo livre, o álcool e as drogas; onde o prazer está acima de tudo.

         É natural neste período a troca de casais, o sexo sem compromisso, o sexo com pessoas do mesmo sexo, o sexo com animais, o sexo com menores de idade com consentimento mutuo e as orgias. E é tão natural para as pessoas o que ocorrem no período de carnaval, que os pais e a mídia incentivam o uso de preservativos.

         Como consequência ocorrem os divórcios, os estupros, a transmissão de doenças – como a AIDS, a sífilis, a hepatite, a gonorreia, a herpes e a infecção pelo vírus HPV (o papiloma vírus, um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero).– Como também as brigas, disputas, assassinatos, acidentes de carros, motos e etc.

        "Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquente! E harpas e alaúdes, tamboris e gaitas, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do Senhor, nem consideram as obras das suas mãos. Portanto, o meu povo será levado cativo, por falta de entendimento; os seus nobres terão fome, e a sua multidão se secará de sede. Portanto, o inferno grandemente se alargou, e se abriu a sua boca desmesuradamente; e para lá descerão o seu esplendor, e a sua multidão, e a sua pompa, e os que entre eles se alegram. Então, o plebeu se abaterá, e o nobre se humilhará; e os olhos dos altivos se humilharão” (Isaías 5.11-15)

DROGAS E BEBIDAS ALCOÓLICAS

         Devido ao grande incentivo a utilização de substâncias ilícitas nesta festa, muitas pessoas têm o primeiro contato com o álcool e com as drogas, se tornam escravas dos vícios e por não disporem de meios para mantê-lo, acabam cometendo pequenos furtos; primeiro dentro de casa e depois nas ruas. Muitas vezes,por não terem como quitar a dívida, pagam com sua própria vida, seja pela ação da população, da polícia ou de traficantes.

         Há muitos viciados que já tentaram de tudo para largar o vício, desde abstinência a até se internaram em uma clínica de reabilitação.E muitos que, por não suportarem a dor e a vergonha de seus entes queridos por não conseguirem abandonar os vícios, cometem o suicídio.

        "O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância"  ( Jo 10.10 ).

CARRO ALEGÓRICO

         Em todos os carnavais é natural que ocorra a afronta a Deus, nós sabemos que o nome do Senhor não é louvado e sim o do diabo. As letras das músicas que fazem os foliões se alegrarem durante os dias da festa em sua maioria  exaltam a sensualidade, promiscuidade, lascívia e outras coisas que de forma alguma edificam, que de forma alguma exaltam a Deus e a vontade Dele para as nossas vidas.

         Os carros alegóricos por vezes trazem a imagem do diabo, duendes, bruxas, caveira, serpente e dragão.

         Embora algumas pessoas não tenham o conhecimento, sabemos que o mundo espiritual existe e que satanás se aproveita  desta festa para disseminar as suas doutrinas e colocar em prática os seus projetos contra a humanidade. Os seus discípulos não medem esforços para isso, o intuito é fazer com que as pessoas afrontem a Deus com seus atos. E de maneira subliminar eles estão declarando que o carnaval é do diabo e que todos no desfile já estão presos no inferno.

ACIDENTES

         Carros alegóricos já  pegaram fogo e muitas pessoas já foram eletrocutadas em acidentes. Como ocorreu no desfile de 2013, durante a dispersarão do desfile, quando o carro alegórico da escola de samba Sangue Jovem de Santos (litoral Paulista), saiu da rota em direção a calçada e acabou batendo contra um poste, o que causou uma descarga elétrica que provocou a morte de quatro pessoas.

         Outro acidente ocorreu em 2017 no Rio de Janeiro que deixou  32 pessoas feridas, depois que a escola Paraíso do Tuiuti perdeu o controle sobre seu carro alegórico e feriu 20 pessoas. O segundo, na madrugada de terça-feira, aconteceu quando a parte superior do carro alegórico da Unidos da Tijuca ruiu e deixou 12 pessoas com ferimentos leves e graves.

        "Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não  herdarão o Reino de Deus" (Gálatas 5:19-21 ).

CARNAVAL GOSPEL

         É de se admirar que algumas igrejas concordem que seus membros participem de blocos carnavalescos, alegando muitas vezes que é por motivo profissional. E se pensarmos assim, as prostitutas ou os atores de filmes pornográficos jamais iriam deixar o seu pecado. Outras igrejas fizeram blocos de carnaval e desfilaram alegando a oportunidade de levar o nome de Jesus e evangelizar os foliões.

         A igreja de Cristo é santa e ela não compactua com este mundo, ela não pertence a este mundo, ela é peregrina nesta terra, pois ela é separada.

        “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;” (Mateus 5:13,14).

         Participar deste tipo de festa mundana para justificar o evangelismo é um grande erro, pois é o mesmo que querer entrar na lama e sair limpo.

 

        Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e Belial? Que há de comum entre o crente e o descrente?” (2 Coríntios 6:14-15).

BIBLIOGRAFIA

 

A BÍBLIA.  Antigo Testamento e Novo Testamento.

 

Carnaval no Brasil. Disponível em:

https://brasilescola.uol.com.br/carnaval/carnaval-no-brasil.htm

 

Carnaval, sua origem. Disponível em:

https://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/o-carnaval-sua-origem-e-significado/ 

 

Origem do rei Momo. Disponível em:

https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/qual-a-origem-do-rei-momo/

 

Como surgiu a máscara de carnaval. Disponível em:

https://www.bykamy.com.br/blog/como-surgiu-a-mascara-de-carnaval.html

 

Carro alegórico. Disponível em:

https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/como-e-feito-um-carro-alegorico-de-carnaval/

 

Acidentes com carros alegóricos. Disponível em:

https://veja.abril.com.br/brasil/carro-alegorico-que-provocou-morte-de-quatro-em-santos-nao-tinha-freio/

https://epoca.globo.com/brasil/noticia/2017/02/acidentes-com-carros-alegoricos-deixam-32-feridos-no-carnaval-do-rio.html

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